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Para ser professor,
fizeram-me acreditar
que precisaria de muito pouco,
talvezs quase nada.
Ser alguém esperto,
ter imaginação,
usar da criatividade,
ler alguns livros,
responder o que for preciso,
saber utilizar a palavra,
ouvir quando necessário,
calar em momentos determinados,
cantar só quando for convidade,
não sorrir de coisas bobas,
chamar a atenção par amanter a disciplina,
cumprir o conteúdo,
planejar o trivial.
Com o passar do tempo,
descobri que fui enganado pelo didático.
Na caminhada da profissão,
tudo o que pensei ter aprendido
não passou de ilusão.
Lidar com gente não é fácil não.
Além de teorias e métodos revolucionários,
é preciso mais do que saber.
Ensinar não é passar instrução
para a criança aprender.
Professor tem que ser
ator, cantor, mágico,
palhaço, artista, malabarista,
um pouco de mãe
e às vezes ter jeito pai.
Tem que expor emoção,
pôr sentimento no que faz,
mexer com o coração,
ter paciência e compreensão.
Pois ser professor, na verdade,
é ser gente que constrói
não só personalidade.
Constribui na formação do caráter,
gua nos caminhos da aprendizagem,
auxilia na formação do cidadão
Ser professor
é mais que uma profissão.
Alessandra Regina Braga Veloso
Pedagoga, atuando como
professora de educação infantil
no Distrito Federal
Fonte: revista CRIANÇA do professor de educação infantil
ed 45, Dezembro 2008, pag 27
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